mais desinquietações
Trinta e oito outra vez às sete e quarenta e cinco da manhã, centígrados exagerados para as frescuras da alvorada. E trinta e nove vírgula três às dezasseis, nas urgências pediátricas do hospital ali de cima, para onde o levei mesmo sem me consultar com o oitocentos e oito da saúde vinte e quatro, que nestes quatro anos e tal de vidinha nunca o tinha sentido tão aquecido. Dois médicos novos, novinhos, tão novinhos, à volta dos ouvidos e da garganta e dos pulmões do meu menino tão desusadamente murchinho. Tem ranho a mais. Tem muita cera nos ouvidos, quase não se vê, Dói-te aqui neste ouvido?, perguntou-lhe a médica. Não, não me dói nada, como é que te chamas? Está muito chocho, E cansado, ele tem andado cansado?, e tem a garganta um pedacinho vermelha, Dói-te aqui, na garganta? Não dói, não, Ana quê? Como é o teu nome todo? Clinicaram infecção viral e medicamentaram o ben-u-ron, a neosinefrina e o aerius que eu já lhe tinha receitado ontem. Agora é esperar um, dois dias, se a febre não passar volte cá para ver se já tem alguma inflamação. Agora está ali ao lado, a ressonar nas minhas flores vermelhas e eu espero as dez para o colherar e tentar arrefecer enquanto despejo aqui na caixa as minhas arrelias com as maravilhas da socialização nas idades pré-escolares...
1 comentário:
ohhh,só vi agora. As melhoras do Simão. Não te preocupes, acho que é próprio da idade. Mas é horrível vê-los com febre. Sobretudo quando nem tens o consolo de a ver baixar. um abraço
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