o provincianinho em lisboa - meios
Levei coisas a mais, claro. Não li, não escrevi, não tricotei e não descansei, que voltei com as pernas doridas de tantas andanças. O miúdo não dormiu uma única sesta e chegou às meias-noites ainda com energias e vozes para cantorias, poquês e cócegas. E sobreviveu às custas de cheesenaturas e almôndegas e batatas fritas e outras fastfoods que tais, que eu ainda achei que a casinha com mini-cozinha nos ía permitir grelhados e cozidos e saladas, mas acabámos a ficar por lá só os tempos dos sonos, dos banhos, dos cafés da manhã a ver os esquilos, das caminhadas e dos escorregas e baloiços. A tv que a menina da recepção fez questão de frisar que era por cabo que mal se ligou e os olhares desinteressados que ele deitou ao panda confirmaram-me que não precisamos mesmo da enorme quantidade de canais que optamos por não ter cá por casa.
Delirou com o peixe-lua e com os tubarões e no fim quase choramingou Mas eu quio ir outa vez... Queria, não é querio. Bom sinal.
Fez festas às cabras, adorou as tartarugas gigantes, as girafas, os elefantes, os camelos, os dromedários e os crocodilos. Não teve medo nenhum das alturas do teleférico. Encheu-se de penas por não ver os saltos dos golfinhos. Às seis achou que aquilo fechava demasiado cedo, Mas eu quio mais... Não é querio, é queria. Mas eu sou menino... Bom sinal.
Brincou quase duas horas no espaço infantil da ikea (única excepção nas decisões Não nos vamos enfiar em centros comerciais e lojas), encantado com a piscina de bolas e com o sapato e a teia gigantes. Conclusou que se a escola tiver uma pofessora boazinha como a Sílvia daqui eu queo ir. Óptimo sinal.
Gostou muito de Sintra e da serra e dos palácios e de Colares e da praia e do eléctrico vermelho e das casinhas do Capuchinho Vemelho. Só teve um bocadinho de medo das guerandes ondas.
Os dias não chegaram para tudo. Ficaram muitos sítios por ver e muitas coisas por fazer.
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