terça-feira, 26 de agosto de 2008

dia vinte e seis

Muitas vezes digo-me que os constantes Também posso fazer doutra maneira, assim também está certo são positivos e criativos. Outras vezes os Mas..., os Não e os ao contrário em tudo o esperado e pedido desesperam-me e fazem-me vontades de gritar.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

dia vinte e cinco

Acho que estou viciada em fazer pão.

domingo, 24 de agosto de 2008

dia vinte e quatro

Os crescimentos da coisa não deixam de me espantar: água, sol na mesa da janela e uns ocasionais Gostamos muito de ti, batatinha do miúdo, certamente inspirados no Ainda nada? da Kalandraka.

sábado, 23 de agosto de 2008

dia vinte e três

Transformou os dez minutos para pensar nos maus comportamentos numas notas para comprares pêssegos e uma casa grande e um barco telecomentado para navegar ali no lago do jardim. Atafulhou-mas na carteira misturadas com desculpas e valeram-lhe logo o aligeiramento dos ralhos. Mas é claro que não as vou esbanjar em frutas, assoalhadas e coisas de brincar.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

dia vinte e dois

Castelo a quatro mãos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

dia vinte e um

Os dias cinzentos recompensam-nos com o areal e o mar só para nós.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

dia vinte

Almoços (e jantares) fáceis, rápidos e saborosos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

dia dezanove

Às vezes descobrimos caminhos perfeitos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

dia dezoito


Um balde, quando lá se plantam conchas, algas, seixos, água e uns peixes pequeninos que de manhãzinha insistiam em vir morrer na areia, é um mar anão.

domingo, 17 de agosto de 2008

dia dezassete

Na feira de Belém (primeiros e terceiros domingos do mês), no meio de livros velhos, antiguidades, bugigangas de plástico, muitos colares e pulseiras e alguns artesanatos interessantes, descobrimos camiões, táxis antigos, comboios e carrinhos em madeira mesmo a pedirem para serem brincados. Trouxemos um quinze e uma lancha que navega mesmo a sério e vontades de daqui a um mês aumentar mais um pouco o trânsito automobilístico no tapete da sala.

sábado, 16 de agosto de 2008

dia dezasseis

Quando lhe assisto às alegrias a escavar areias arrependo-me de todas as vezes que por preguiça ou esquecimento a deixo em casa.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

dia quinze

Antes consumia uma multidão deles nos três meses infindáveis de calor e praia. Agora limito-me a meia dúzia de linhas nas pausas dos Anda lá comigo para a água, não está nada fria, dos E um castelo, hoje não fazemos nenhum? e dos Queres ir procurar conchinhas? Se no trinta e um de Agosto chegar ao ponto final da página cento e oitenta e oito congratulo-me com a heroicidade do feito.

Venenos de Deus, Remédios do Diabo, Mia Couto, Caminho.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

dia catorze

O que é que há lá no fundo da areia, mamã?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

dia treze

Ao largo.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

dia doze

Aos pouquinhos vai-se desatrapalhando dos receios dos molhados e implorando pelos fora-de-pé.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

dia onze

Pão com passas e doce de melão. Leite e café à parte, por cá os pequenos-almoços são cada vez mais homemade.

(Doce: um quilo de melão cortado em bocados grandes, quatrocentas gramas de açúcar amarelo, uma hora e picos em lume brando até abrir estradas no pires.)

domingo, 10 de agosto de 2008

dia dez


Esta tarde aguarelou carros, casas e tartarugas a caminho do mar nos versos dos Cini Minis e dos Nestum Mel que lhe guardo na prateleira das tintas quando se esvaziam. Agora tenho um frigorífico multicolorido.

sábado, 9 de agosto de 2008

dia nove

Sobram-lhe centímetros de braços e pernas de muitas coisas em que já coube. Cresce todos os dias, o meu menino de cinco anos e quase quatro meses.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

dia oito

No meio dos muitos escolhidos na biblioteca ali da rua debaixo por mim desta vez veio O Gigante Egoísta optado por ele por ter muitas palavras e desenhos bonitos.

O Gigante Egoísta, Oscar Wilde, Difusão Verbo

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

dia sete

Enquanto a cadela vagueia atrás de cheiros misteriosos e eu me desatento das palavras do José Eduardo Agualusa para os espreitar ele recolecta os pinhões que agora abundam pelas nossas relvas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

dia seis


Anonimaram-se durante uma série de anos nos quintais das diferentes casas que já percorremos. Há dias enquanto me ajudava a mudar-lhes a água o miúdo indignou-se com as faltas de nomes e decidiu repôr justezas. Temos assim uma Juliana (a grande) e um Júlio (este, o médio). A mais moça ainda espera pelos crescimentos para se perceber se ganha designação feminina ou masculina.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

dia cinco

Olha mamã, um coração de pedra aqui na areia. Veio connosco para casa, claro.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

dia quatro

A comida mais preferida de todo o planeta terra de hoje. Ontem era melão, anteontem mousse de chocolate, amanhã ainda não se sabe.

domingo, 3 de agosto de 2008

dia três

Acidentes de percurso.

sábado, 2 de agosto de 2008

dia dois

Especializamo-nos em construções arenosas.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

dia um

O mar é redondo.

summertime

Se calhar é assim uma espécie de treino de assiduidade. Ou então preguiças disfarçadas de comparências. De qualquer maneira é agosto, mês em que a cidade grande devia esvaziar-se e o blogomundo quase emudecer. Mas nós ficamo-nos por cá, que nunca feriamos no oito. Assim desafiei-me a mostrar em vez de palavrar. Trinta e um dias, trinta e uma imagens. Até ao princípio do nove (ou até enfado ou nova decisão...) aqui a caixa fantasia-se de álbum de fotografias.