sexta-feira, 27 de novembro de 2009

em mudanças

Tenho a vidinha toda encaixotada. Volto assim que nos conseguir desempacotar.

domingo, 22 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

entre a doença e a vacina, venham (as pessoas) e escolham

Desgosto dos pânicos à toa e desconto das informações os exageros jornalísticos mas não deixo de me indecisar entre a doença e o prometimento da cura. Vacino-os ou desespero pelos sintomas?

falso alarme

Assim que a vi murchinha e desbotada a sair do portão verde ao colo da mãe diagnostiquei logo o fim-de-semana. Chuva na rua, febre em casa, já está. Logo a Miriam, a grande amiga dos intervalos, com quem divide as metades de pão caseiro que lhe ensaco para o lanche e com quem joga com os berlindes comprados na loja do chinês ali da esquina e com quem recolhe as sementes mágicas que se vão acumulando numa caixinha de fósforos Porque dão sorte, mãe, às vezes, não dão sempre, mas dão às vezes. E depois a mãe da Maria, enquanto eu iogurtava a boca pequena para entreter as esperas, citou-me os nove dias em casa, as aflições dos quarenta graus que não definhavam nem com medicamentos nem com banhos, as fraquezas e os emagrecimentos. E a D. Arlete, cuidadora das entradas e saídas, comunicou os seis ou sete meninos da turma a falharem o éle e o sete. Já está, preparei-me, que isto andava a correr bem, narizes desentupidos, testas frescas, digestões escorreitas, alguma vez havia de ser. Por isso quando a meio da noite me irrompeu pelos sonhos com lamentos de dores de cabeça e frios preparei-me para o pior. Quase trinta e nove, já está. Mas depois o paracetamol mais a canja mais o xarope de cenoura mais os sonos aquietados no sofá mais os livros mais o jogo das lagartinhas mais os beijinhos Coitadinho do meu menino que está doentinho desalentaram os calores e hoje já estava climatizado e em preocupações Ensinas-me o éme? É que se o professor o deu ontem quando faltei depois chego lá na segunda e não sei.

Afinal parece que ainda não foi desta.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

fármacos

Quando em cima do frigorífico se agrupam ao Vigantol, ao Aero-Om, ao Nasomet e ao Ribomunyl costumeiros o Brufen, o Ben-u-ron e o termómetro isso significa noites ainda menos dormidas, silêncios e ausências dos Não andes a correr dentro de casa e os o-que-fazer-amanhã todos desconsiderados.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

sete meses

Ainda mama.

menus

Abóbora. Cenoura. Alface. Courgette (que com certeza já se aportuguesou para curgete). Chuchu. Nabo. Brócolos. Alho francês. Feijão verde. Aipo. Coentros. Couve portuguesa. Nabiças. Couve-flor. Agriões. Tudo adoçado com batata-doce e às vezes com pêra. Falham-lhe ainda os espinafres e as beringelas, adiados pelos paladares pouco agradados pelas bocas pequeninas.

Pêra. Banana. Maçã. Pêssego. Melão. Meloa. Ontem os dióspiros destronaram as favoritas mangas. E acho que o vou estrear nas castanhas e nos marmelos, que também merece o outono.

Iogurtes. Sem fruta, com fruta. Sem bolachas, com bolachas desmanchadas em pó na um, dois, três. Muitos iogurtes.

Frango. Perú. Pescada. Dourada. Tudo ralado e misturado na sopa, mas, por um destes dias, açordo-lhe o peixe.

Poucas papas lácteas. Papas líquidas só em necessidades longe de casa. Boiões não. Desgosto dos preços e duvido das vitaminas e das propriedades.

Percebi ainda antes do segundo que isto é assim mesmo, cada médico sua sentença. Seja pelos anos, pelas geografias ou pelas opiniões, desencontro-me cada vez mais com as primeiras opções. O outro começou com as sopas e eu vagarava uma semana entre cada novidade. Este começou com as papas e eu intervalo só quatro dias entre cada novidade, que duplicar ementas e lavar o dobro dos tachos rouba-me tempos e boas disposições. E exagero nos verdes enquanto não nascem os Não gosto de couves e os Isto é um blhec. No outro adiei os pêssegos mais os melões mais as uvas mais sei lá quantos, a voz da médica Que eles fazem facilmente alergias a certos frutos mais sumarentos. Neste só protelo a laranja, os quivis e os morangos. Com o outro insisti nos iogurtes azedos Porque os bebés só podem comer iogurtes naturais e ainda hoje mastiga com desagradados até os coloridos com smarties. Neste demiti-me dos fundamentalismos e acho que ele engolia todos os batidos açucarados que lhe colherasse. E já guincha indignações para os aromas do irmão. Falham-me muito as memórias mas quase de certeza lucra muito mais variedades nos menus do que o irmão lucrava nestes meses. A ver se com um ano nos conjuntamos todos à mesa do jantar.

Cada vez ignoro mais os médicos.

(Nunca pensei usar aqui a caixa para lhes descrever percentis e afins, que das magrezas e medianias nos centímetros hão-de dar contas os livrinhos azuis que a pediatra vai completando. Mas pesam-me nas consciências os poucos relatos das primeiras existências do menor...)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

é proibido proibir

Ontem findámos a tarde no MUDE.

domingo, 1 de novembro de 2009

pássaro aboborado

Antes de a resumir a sopa para o menor o maior promove-a a pássaro. Assim, e no andamento das sopas de rabo de boi e de barbatana de tubarão, nós cá por casa fazemos o bebé crescer com sopa de bico de pássaro.