terça-feira, 2 de outubro de 2007

domingo de manhã

Assim que li "Quando as plantas se despem e as pessoas se agasalham, troquemos as voltas aos nossos armários e esvaziemo-los de tudo o que já não queremos que seja nosso, mas desejamos que seja de outro menino, de outra pessoa.
De uma gaveta sai uma história, uma roupa, um colar ou um par de brincos; de um bolso nasce um biscoito, uma guloseima, uma fatia de bolo e um copo de chá; de uma caixa salta um jogo, um brinquedo e uma música que eu mesmo fiz. Um mercado pequeno e grande, para grandes e pequenos. Onde muitos meninos vendem, compram e trocam. Onde tudo o que se vende custa, no máximo, 1€" no folheto do Centro de Pedagogia e Animação do CCB a ideia de uma Feira da Ladra à medida dos menos crescidos seduziu-me logo. Eu quero ir vender no Mercadinho do Equinócio, mamã. Mas depois das inspecções às caixas vermelhas que lhe organizam os divertimentos, constatámos a evidência: o miúdo ainda não atingiu o patamar dos excessos. Brinca com (quase) tudo e ainda não entope chão, mesa e outras divisões com exageros desnecessários. A família nem reduzida é e eu sou (demasiado?) ecléctica nas selecções. Optámos então pelo outro papel, o de visitantes e compradores. E trouxemos livros com ar de nunca terem sido contados e um puzzle com ar de nunca ter sido jogado e carrinhos e helicópteros e aviões e um comboiozinho de corda e uma viola com ar de terem sido pouco ou nada brincados. Gastámos cinco euros e trouxémos um saco cheio de contentamentos. Para variar é bom dizer sempre que sim...

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