terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

trinta e sete

A Luísa marcou para hoje. Hoje às quatro. Perguntou-me o Mário se queria noutro, num neutro. Amanhã, depois de amanhã. Disse-lhe firmemente que não. Não há porque adiar, quanto mais depressa melhor, respondi-lhe. Cheia de medo. Que no meu ainda me faz mais responsável. E mais triste.
E agora estou aqui, deprimida com este céu choroso, com uma fotografia dela à frente e a culpar-me por não estar lá, encostada à porta à espera de a ver abrir os olhos. Sonhará, a minha pequenina, enquanto a Luísa a corta e lhe retira gramas malignas e a cose? Terá medo? E a única prenda de anos que peço é uma gata acordada e curada...

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