Uns três ou quatro dias depois, numa das vindas da praia, exigi-lhe uma paragem na rua de pedrouços e chinelei areia e cabelos ainda molhados pela farmácia despovoada para pedir um teste. A farmacêutica novinha (tão novas, são cada vez mais novas, as funcionárias das lojas e as enfermeiras e as educadoras e até as médicas...) alertou-me para os desmentidos comuns nos atrasos de poucos dias. Arrumei a caixa na prateleira de cima da casa-de-banho e esqueci-me propositadamente dela nos despachares apressados das manhãs. Talvez uma semana depois acordei às seis e no silêncio da casa esperei pelo resultado. Ainda estão ali, na gaveta da mesa-de-cabeceira, os dois riscos cor-de-rosa amparados pela pedra-coração que mais ou menos por essa altura o meu miúdo recolheu das areias.
Tenho que me habituar a confiar nas minhas intuições. Geralmente estão certas.
1 comentário:
Que bom... Muitos parabéns
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