domingo, 18 de janeiro de 2009

adenda

Não tenho ilusões e muito menos pretensões acerca disto, que os miúdos crescem e têm feitios e vontades e gostos deles e as educações podem influenciar mais ou menos os adultos em que se vão desfigurar. Andamos por museus e exposições e bibliotecas tal como por parques infantis e jardins e cinemas e supermercados quando os armários da cozinha se esvaziam. E de tudo ele há-de memorizar alguma coisa consoante os percebimentos do que vê, a coisa em si e os interesses pessoais, que estão lá e não sei se se educam. Ontem, por exemplo, não sei o que mais lhe agradou: se os quadros da Paula, se os quadrados de alecrim e salva e tomilho e madressilva que cheirámos a seguir na horta mascarada de jardim do lado de fora ou se o camião dos reciclados que junto ao portão do palácio e com grande aparato consumia papéis e cartões de um contentor enterrado. Foi, aliás, o que desenhou quando chegou a casa, que o miúdo agora desenha sempre o que viu e o que quer pedir ao Pai Natal no próximo dezembro e as chitas e os pinguins e os cangurus bebés dos documentários. Da escola chegam-me, contíguas às queixas do mau feitio, da agressividade e da desobediência, os elogios às participações nas conversas e às variedades dos idos e vistos. Eu cá não sei se o miúdo fica nutrido de sabedorias e culturas com estes passeios de fim-de-semana e de fim-de-tarde . A única coisa que espero é que as práticas de menino lhe produzam hábitos e interesses em crescido. E, claro, memórias de bons momentos em família. Se isto acontecer já fico muito contente.

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