sábado, 9 de junho de 2007

o prenúncio das águas

E agora, ao mesmo tempo que aqui escrevo a nossa tarde, oiço estas gotas inoportunas de junho a molharem-me o estendal e a diluírem ruas e casas de pó colorido e antecipo os desgostos da manhã, tanta advertência durante os esponjamentos e os panados para nada, Não varras o chão, não? E não laves, nem com a esfegona nem com a mangueia, tá bem? E não estendas roupa a pingar, ouviste? Pometes? Acho que vou imitar a Rosa e acompanhar os cereais de canela do pequeno-almoço com uma adaptação livre de um outro dilúvio, Era uma vez uma aldeia que ficou submersa.

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