sábado, 17 de novembro de 2007

dias em escuro

O pai desculpa-o com o ácido clavulânico, que a ele também lhe azeda os ânimos, mas isso é porque a redução das indelicadezas a uns minutos diários telefonados facilitam o ignorar-lhe os maus modos e a elaboração de justificações genéticas. Eu cá divido-me entre as desassiduidades na rua, que o médico na quarta prescreveu-lhe o prolongamento da reclusão até segunda, e as minhas desacalmias. Esvaziei o reservatório de músicas e estórias e livros e jogos e brincadeiras e paciências. Anseio por tempos e espaços só meus. E ele sente e oposita-me e provoca-me e desagrada-me. E grita. E eu impaciento-me. E grito.

Conto até trinta. Quando consigo.

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